sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Vinhos: formação e conservação

     O vinho é uma bebida alcoólica produzido pela fermentação natural do mosto de uvas. As uvas são esmagadas sem seus talos e galhos. O açúcar do suco de uva, graças às leveduras que estão presentes na casca, é convertido em álcool etílico, anidrido carbônico e outras substâncias. Após a fermentação o vinho é refinado, podendo ser filtrado, centrifugado, aquecido, entre outros processos. Muitos vinhos apresentam sabor e odor melhorados após o armazenamento. E por fim, o vinho pode ser submetido à correção do pH, da cor ou da concentração de O2 antes de ser engarrafado.    
     O álcool do vinho, o etanol, quando em contato com o oxigênio ou na presença da bactéria chamada Acetobacter Aceti converte-se em ácido acético, mais conhecido como vinagre.

     Para que o vinho possa ser armazenado sem prejuízos funcionais acrescenta-se o anidrido sulfuroso (enxofre). Sua principal função no vinho é a de anti-oxidante. Mas, quando adicionado nas uvas esmagadas ele elimina as bactérias e as leveduras mais frágeis e indesejáveis, possibilitando que apenas os melhores tipos participem da fermentação. Seu uso é tão amplo que pode ser utilizado nas videiras na luta contra os fungos.

     No mosto de uvas ou no próprio vinho está presente também o oxigênio. O enxofre (SO2) reage lentamente com ele. Durante a oxidação o SO2 liga-se ao acetaldeído, inibindo o cheiro e o gosto da oxidação. Simultaneamente, enzimas oxidativas como a tirosinase e a lacase são inibidas pelo SO2.

    O ácido sulfuroso forma-se quando o anidrido sulfuroso se liga com as moléculas de água (H2SO3). Os sulfitos são sais desse ácido. Eles são prejudiciais aos asmáticos. Para o restante das pessoas não há muita preocupação, pois os sulfitos não são muito concentrados nos alimentos. Entretanto a OMS (Organização Mundial de Saúde) recomenda consumo diário máximo de SO2 equivalente a 0.7mg/litro por quilo de peso.

    Como foi dito o anidrido sulfuroso é usado como anti-oxidante, anti-séptico e conservante no vinho. Porém, ele também pode causar a dor de cabeça. Cada organismo possui uma reação diferente para este composto, por isso é inviável saber quanto pode ser ingerido. A legislação brasileira pede para que os fabricantes de vinho informem no contra rótulo dos vinhos a presença de anidrido sulfuroso, mas a quantidade não é obrigatória.

    Devido a sua importância não é fácil substituí-lo. Atualmente, já existem vinhos biológicos (não possuem nenhum aditivo químico, nem pesticida). A produção desse vinho é menor que a produção no modo convencional, pois os cuidados de tratamento são inúmeros, o que explica o preço elevado.

    Por fim, cuidado ao encontrar vinhos muito baratos ou produzidos em grande escala eles podem não ter tanta qualidade quanto se espera, e sim bastante anidrido sulfuroso.



* Bibliografia
http://www.lusowine.com/displayarticle337.html
http://www.scrapsweb.com.br/orkut/59/ano-novo.html


Postado por: Ruanda Pereira Maia

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Álcool x Balança


                            Versus
O álcool é um vilão para o corpo em uma serie de aspectos, causa doenças e problemas que já foram ou serão conhecidos por este blog. Porém ele causa um grande problema que preocupa 10 entre 10 mulheres no mundo...sim...o álcool engorda!!!
         Se você esta de dieta, diminuindo a comilança, mas continua a beber no final de semana, esqueça, a carga calórica presente no álcool representa quase o dobro da encontrada nos carboidratos. Numa comparação, a ingestão de uma lata de cerveja (350 ml) equivale ao consumo de 25g de bacon.
Um copo de caipirinha tradicional (200 ml), por sua vez, sai no mesmo prejuízo que uma fatia (100g) de pizza de mozzarella
Macro nutriente
Kcal
Carboidrato
4Kcal
Proteínas
4Kcal
Lipídeos
9Kcal
Álcool
7Kcal

Quadro que compara as calorias presentes em diversos macronutrientes
Em quantidades calóricas o álcool só perde para os lipídeos. Entretanto o álcool fornece para o corpo apenas calorias vazias, ou seja, um alimento que fornece muitas calorias porém pouco ou nenhum nutriente essencial à nossa saúde.
No quadro abaixo, estão presentes as informações calóricas encontradas nas bebidas alcoólicas mais comuns do brasileiro. As mais calóricas são as batidas que misturam, além do álcool, algum tipo de suco ou ingrediente adocicado.

 Vários estudos vêm sendo conduzidos investigando  a real associação de consumo de álcool e aumento de peso, levando ate a obesidade. Um destes estudos feito por Pesquisadores  que realizaram estudo com indivíduos que participaram de outro grande estudo chamado Diet, Cancer and Health Study. Foram estudados 49.877 indivíduos (25.325 homens e 24.552 mulheres de 56 a 60 anos de idade). Os parâmetros avaliados foram peso, altura, índice de massa corpórea (razão entre o peso em quilogramas e a altura elevada ao quadrado), medida da circunferência abdominal e do punho.       
Os autores observaram que, em homens, houve associação positiva entre consumo total de álcool e índice de massa corpórea (IMC), aumento da circunferência abdominal (normal para homens até 102 cm e para mulheres até 88 cm) e inversa com a circunferência do punho.
Para as mulheres, houve associação positiva entre IMC, circunferência abdominal e diminuição de punho apenas para as que apresentaram os níveis mais elevados de consumo neste estudo (28 ou mais doses de etanol por semana).  
Em relação à obesidade e consumo de álcool os autores notaram relação entre frequência de consumo e obesidade (os indivíduos que consumiram pequenas doses com maior frequência apresentaram a menor relação entre consumo e obesidade; tal resultado foi observado em homens e mulheres).
Os pesquisadores concluíram que existe relação entre consumo de álcool e obesidade.
Por isso, é bom maneirar no álcool, principalmente em dietas que visam o emagrecimento, porque além de engordar, álcool causa riscos a saúde a curto e longo prazo.
Postado por: Bárbara Ferreira dos Santos

Bibliografia:

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Santos remédios



Como já foi dito e explicado anteriormente, basta misturar o que não deve ou exagerar na dose que a ressaca aparece no dia seguinte, não tem escapatória. Mas, como todos que já tiveram uma ressaca sabem, existem alguns remedinhos que ajudam muito a aliviar tal mal estar, e é sobre eles que iremos falar nesse post.

Primeiramente, é preciso esclarecer que não são todas as receitinhas que aprendemos que funciona. Por exemplo, o famoso chá de boldo recomendado por dez entre dez profissionais que trabalham em bar. Tal chá não age sobre o álcool e ainda pode aumentar a irritação no estômago causada pela bebida alcoólica conforme ensina um gastroenterologista, membro da Associação Americana de Gastroenterologia. 


Muitas pessoas aconselham fazer exercício físico para curar a ressaca, mas é preciso tomar cuidado, o esforço físico vai aumentar ainda mais a desidratação, o correto é fazer uma pausa e ao invés de suar, repor a água perdida.


 Também há quem indique o consumo de café sem açúcar para curar a ressaca. Não caia nessa! O café apesar de ser estimulante será excelente se for acompanhado de muito açúcar. Quanto mais glicose você ingerir, mais energia dá ao seu corpo para processar a bebida.

O bom mesmo para evitar ressaca é prevenir-se contra ela, não misturando bebidas de tipos diferentes e fazendo uma boa refeição antes de beber. Comer antes de beber pode retardar os efeitos do álcool, com o estômago cheio, o álcool permanece lá por mais tempo e é processado mais lentamente.  Um endocrinologista de São Paulo afirma que é muito importante comer bem antes de beber, e de preferência incluir fontes de gordura poliinsaturada, presente em peixes e azeite de oliva extra virgem, pois esta ajudará a proteger o fígado. 

Mas, uma vez que você não se preveniu e bebeu demais, o jeito mesmo é tentar acabar com a ressaca que já é inevitável. A água de coco é um dos melhores remédios, pois é rica em potássio, triglicérides e frutose, compensa as perdas de sais minerais e de açúcar e ainda hidrata o organismo. 


Também há os remedinhos que são muito consumidos pelos adeptos às bebidas alcoólicas como o Engov, que é eficiente, mas não adianta tomá-lo antes de beber, deve-se consumir um ou dois após a bebedeira. Ele contém ácido acetilsalicílico, a popular aspirina que funciona como um analgésico, hidróxido de alumínio – antiácido, mepiramina - anti-histamínico que reduz enjôos e vômitos e cafeína – estimulante do sistema nervoso central, que diminui o torpor. Por isso, ele funciona apenas aliviando os sintomas da ressaca e não previne nenhum deles, não tendo efeito se consumido antes de beber.


É importante ressaltar que beber mais não cura ressaca nenhuma. Essa história de que o melhor remédio para curar ressaca é “rebater” com mais bebidas alcoólicas é furada. O que acontece é que você fica bêbado novamente e por isso deixa de sentir os sintomas causados pela ressaca, mas isso apenas piora, pois assim os malefícios causados pelo álcool vão apenas aumentando e conseqüentemente a ressaca ao final de tudo será bem pior.  

Referências bibliográficas:

Postado por: Maria Luiza Alves Naves

domingo, 26 de dezembro de 2010

Bebida Alcoólica + Antibióticos

Oi gente ^^
A idéia desse post seria falar de algumas misturas que a gente vê com certa frequência por aí.O problema é que se eu falasse de todas que eu queria só em um texto ia terminar ficando muito,muito,muito extenso - e muito chato. Então eu vou dividir esse tema em alguns posts, pra a coisa ficar menos cansativa, ok?O primeiro capítulo de nossa emocionante série vai falar sobre a mistura de bebidas alcoólicas e antibióticos. Mas antes, alguns pré-requisitos que serão úteis durante a conversa sobre misturinhas até o último post que trate de álcool e medicamentos - ou não.
Álcool potencializando o efeito de um medicamento: Quando as enzimas que metabolizam o medicamento são as mesmas do álcool, estas ficam "ocupadas" peocessano o etanol, fazendo com que o remédio permaneça por mais tempo e em maior concentração na corrente sanguínea. Em alguns casos esta pode ser a diferença entre intoxicação ou não.
* Álcool inibindo a ação de um medicamento: Acontece com bebedores crônicos. O estímulo alcoólico constante no fígado faz com que haja um aumento no número de enzimas hepáticas. Quando ummedicamento chega neste órgão há um excesso destas para metabolizá-lo, inativando a droga muito mais rapidamente do que de costume. Este excesso de enzimas pode permanecer por semanas após cessado o consumo de álcool.O estímulo constante do etanol e seus metabólitos podem gerar enzimas que transformam substâncias não tóxicas em metabólitos tóxicos.
* Álcool agindo no mesmo sítio dos medicamentos: Outra maneira de potencialização de remédios é quando estes, assim como o etanol, também atuam sobre osistema nervoso central, como o caso de narcóticos e sedativos. 
* Remédios aumentando o efeito do álcool: Alguns medicamentos inibem as enzimas que metabolizam o álcool, aumentando seus efeitos e seu tempo de permanência no organismo. Potencializam as lesões do álcool no organismo.
Antibióticos e bebidas alcoólicas:

ANTIBIÓTICOS : Os antibióticos são substâncias que atuam diretamente sobre o microorganismo, agindo sobre sua membrana celular, suas enzimas ou seu DNA. Cada uma das ações dos antibióticos está ligada à sua estrutura química. Além disso, as características químicas de cada substância modificam a sua absorção em nosso corpo e, de uma maneira geral, isso pode ser entendido da seguinte forma: substâncias com caráter levemente ácido ou alcalino e comportamento apolar (substâncias apolares podem ser entendidas grosso modo como substâncias "gordurosas") dissolvem-se bem em fluidos corporais. O caráter levemente ácido (ou básico) significa que estas substâncias normalmente encontram-se no que se chama de forma não ionizada, que é bem absorvida pelo nosso corpo. Dependendo das condições de acidez do meio, elas podem se converter à chamada forma ionizada, que é pouco absorvida.
ANTIBIÓTICO + ÁLCOOL : O álcool promove maior produção de ácido clorídrico no estômago e aumento dos movimentos do intestino e do estômago, podendo provocar diarréia e vômitos. Estes dois efeitos promovem uma passagem mais rápida e uma menor absorção do medicamento pelo estômago e pelo intestino. Assim, a ação do álcool não ocorreria diretamente sobre a substância antibiótica, mas sim na sua absorção. Com uma absorção menor, o medicamento estaria em menor concentração na corrente circulatória, diminuindo sua ação. Entretanto, esses mecanismos de interação, embora sejam coerentes, não são os principais responsáveis pela recomendação de não ingerir bebidas alcoólicas juntamente com antibióticos.
Outro risco de beber e tomar medicamentos é que o etanol pode promover um dano maior que o normal ao fígado quando o antibiótico já possui por si só uma atividade tóxica para este órgão, como é o caso do antifúngico cetoconazol e seus derivados, do antibiótico contra tuberculose izoniazida e do antibiótico azitromicina e seus derivados. No entanto, os efeitos tóxicos são maiores para os usuários crônicos de álcool, aqueles que bebem todos os dias; uma cervejinha (só uma hein pinguçada!) não causará maiores danos, embora possam surgir náuseas, vômitos e dores abdominais.
 Alguém aí já ouviu falar do efeito ANTABUSE? Pois é, existem algumas substâncias, que por terem em sua estrutura grupamentos contendo nitrogênio ou uma composição de nitrogênio com enxofre, inativam a enzima acetaldeído desidrogenase, a qual não irá converter o acetaldeído proveniente do etanol em acetato(se você não lembra do metabolismo do álcool deixa de preguiça e vai ver o post que fala do caminho dele,la no comecinho ). O acúmulo de acetaldeído provoca reações típicas muito desagradáveis, caracterizadas por: ardência na face, dificuldades respiratórias, náuseas, vômitos, transpiração, queda de pressão, vertigem e visão borrada. O Antabuse, nome comercial do composto dissulfiram, utilizado para combater o alcoolismo, baseia sua ação justamente aí. Um antiprotozoário muito conhecido chamado metronidazol também causa esse efeito e tem sido usado para o combate ao alcoolismo. E vários antibióticos freqüentemente receitados, entre estes certas penincilinas como a ciclacilina e a ampicilina, assim como algumas cefalosporinas, entre elas a cefalexina, a cefadroxila e a cefradina, possuem um grupamento nitrogênio, o qual também é capaz de promover esse efeito "antabuse". Além disso, estes antibióticos reagem diretamente com o acetaldeído, diminuindo a concentração do antibiótico livre no sangue. Isto significa que, em termos farmacêuticos, fica diminuída a disponibilidade do antibiótico para agir. Uma vez que existe menor concentração de antibiótico, seu efeito será reduzido - justamente o que os médicos afirmam, "que o álcool tira o efeito".
Nem todos os antibióticos interagem com bebidas alcoólicas, mas não é fácil explicar para um paciente que não entende nada de química por que ele não pode tomar tal antibiótico com álcool e tal antibiótico ele pode. A tendência do paciente será sempre a de generalizar, e é claro, generalizar para o que é favorável a ele, ou seja, "ah, se tomando a minha "pinga" com X eu não sinto nada, vou tomar com Y também!" Por isso os médicos preferem generalizar também, não dando chance à imaginação da nossa população.
Bibliografia:


Postado por: Mariana Ribeiro e Freitas

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Gotas de prazer e saúde

O nectar do deuses! Assim chamado o vinho que nos acompanha nas mais diversificadas comemorações, é uma bebida milenar, que está presente na história da humanidade desde aproximadamente 6.000 a.C,  tem muita  importância até nos ritos religiosos critãos e judáicos. É uma bebida com tanto prestígio que foi associada ao deus romano Baco e ao deus grego Dionísio. E vem sendo alvo de estudos para se descobrir o que se tem de tão prazeroso em cada taça dessa deslumbrante bebida, e qual e relação entre o vinho e a saúde.



Qual será o segredo do vinho?! O que o torna tão especial e diferente das outras bebidas? Estes estudos trouxeram revelações extraordinárias sobre as propriedades desta bebida, mostraram que uma taça de vinho ingerida diariamente reduz o risco de hipertenção, o colesterol, o risco de doenças cardíacas, reduz a proliferação das células cancerígenas e até evita a perda da memória, combatendo também o envelhecimento.
Este efeito curativo do vinho pode ser explicado pela presença de um elemento encontrado na casca e semente das uvas, e assim no vinho, que são os polifenóis, são eles que tornam a bebida espetacular. O segredo também está na relação harmoniosa entre polifenóis e álcool, que é o melhor solvente desta substância. Os polifenóis tem a função de defesa das plantas, ele protege os vegetais contra bactérias, fungos, raios ultravioleta e vírus, protegendo também a nossa saúde. Logo estas virtudes terapêuticas vem do efeito antibiótico e antioxidante que é muito marcante, sendo relatado também em vários estudos que esta substância melhora significativamente a atividade vascular, ou seja, a capacidade de a artéria se dilatar e impede a formação de placas de gordura na artéria aorta, aterosclerose, que pode levar ao enfarto. As artérias precisam se dilatar para facilitar  a circulação do sangue, esse fenômeno é fundamental para a nossa vida.
 
Para comprovar o efeito de combate à aterosclerose exercida pelo vinho, foi feito um estudo no Institudo do Coração em São Paulo, usando coelhos. Este experimento ocorreu da seguinte maneira: “coelhos foram tratados com uma dieta rica em gorduras por 12 semanas e divididos em três grupos. Um grupo recebia além da dieta água, o outro suco de uva e o terceiro vinho tinto. No final de 12 semanas os coelhos foram sacrificados. Foi comparada a quantidade de placas de gorduras na artéria aorta de todos os coelhos. O que se encontrou foi que os coelhos que tomaram água tinham 70% da área da artéria aorta com placas de gordura, os que tomaram suco de uva (bebida rica em polifenóis, mas sem álcool) tinham 47% da área da artéria comprometida com placas de gordura e os que receberam vinho tinto (bebida rica em polifenóis e mais o álcool) apenas 38% da área da artéria aorta com gorduras.
Uma pesquisa que visou comparar o efeito do vinho tinto (bebida alcoólica rica em polifenóis) com um destilado (bebida alcoólica sem polifenóis) no organismo humano foi feita com 40 homens sãos, com idade média de 37 anos. Todos receberam durante 30 dias o equivalente a 30g de álcool, numa etapa como vinho tinto e em outra como bebida destilada. Nos dois períodos de estudo foram medidos alguns marcadores de aterosclerose (quando o colesterol sofre ação dos radicais livres, se oxidam e vão se aderindo com células às paredes dos vasos sangüíneos de maneira a formar placas que acabam por obstruir-los).
Esta pesquisa evidenciou um efeito protetor ao desenvolvimento de aterosclerose para ambas as bebidas, mas significativamente maior para o vinho tinto. Enquanto o destilado diminuiu a adesão de células na parede dos vasos em 39% o vinho tinto diminuiu em 96%.” Foi explicado todo o procedimento desta pesquisa pelo pesquisador Protásio Lemos da Luz.



Foi descoberto também que no vinho tinto é encontrado mais polifenol que no vinho branco, pois a fermentação do vinho tinto é feito com a presença da casca e semente das uvas, já o vinho branco, sua fermentação é feita sem estes elementos. E cerca de 90% a 95% do polifenol se encontra nestas estruturas por isso o vinho tinto tem mais concentração desta substância. Embora a quantidade de polifenol no vinho branco seja menor seu efeito antioxidante é bem significativo, sendo rico em magnésio, potássio e sódio, também tendo maior efeito diurético. Estes fatos levam quem tem o hábito regular de beber o vinho branco ter uma melhor função pulmonar.

Então a cada brinde feito com este néctar da saúde  pode, graças aos compostos fenólicos, estar trazendo vários benefícios à saúde de quem o consome como:
·         Controlar e previnir a hipertenção
·         Diminui o risco de pedras nos rins
·         Previne a arterosclerose
·         Ajuda a desfazer gorduras
·         Regula o humor
·         Melhora a digestão e o sono
·         Melhora o QI
 
Mas vamos ficar de olho então: beba com moderação, freqüentemente.


 
Apesar de todos estes benefícios o vinho não é recomendado para todas as pessoas como gestantes, indivíduos com tendência ao alcoolismo e com problemas gostrointestinais. E também o melhor é ser consumido junto às refeições e nada mais que uma ou duas taças de vinho. Ultrapassando essa dosagem o vinho passa de um herói da saúde para o vilão, tendo maior probabilidade de problemas do coração e derrame. Então para que o seu vinho lhe traga saúde e alegria vamos consumir com moderação e levando sempre uma vida saudável.



 

Bibliografia:
Postado por: Jessyca Dias Souza

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cuidado redobrado

      Uns dizem que elas são o sexo frágil, outros falam que são muito fortes, fazem dez coisas ao mesmo tempo, talvez sejam um pouco de cada coisa. O que vamos realmente analisar aqui é se as mulheres são realmente mais sensíveis ao álcool do que os homens e se durante a gestação o consumo de bebibas alcoólicas pode trazer algum prejuízo.
      Ratificando a informação do post Benefícios do álcool, as mulheres têm maior biodisponibilidade ao álcool que os homens, pois apresentam maior proporção de gordura corpórea, maior absorção de álcool e menor quantidade de água total no organismo. Logo, se um homem e uma mulher ingerem a mesma quantidade de bebida alcoólica, a concentração sérica de etanol será maior na mulher, por isso elas são afetadas mais rapidamente.
      Vale ressaltar que a OMS (Organização Mundial de Saúde) identifica uma pessoa como doente quando consome mais que 60 gramas de bebida alcoólica por dia. É claro que isso não é o suficiente para afirmar que uma pessoa seja alcoólatra, mas já é um caminho. O “ideal” é que se consuma no máximo dois drinks por dia. Então fique atento (a):

Conteúdo alcoólico das principais bebidas
Bebida
Concentração (%)
Gramas (g)
Unidades
1 lata de cerveja -350ml
5
17
1,5
1 copo de chope – 200 ml
5
10
1
1 dose de aguardente - 50ml
50
25
2,5
1 copo de vinho – 90 ml
12
10
1
1 dose de destilados – 50 ml
40 a 50
20 a 25
2 a 2,5


      Isso já é o suficiente para ficar em estado de alerta, entretanto no caso das gestantes esse cuidado deve ser redobrado.
     O uso de álcool durante a gravidez é extremamente maléfico ao feto. Esse pode estar sujeito a prematuridade, malformações, retardo do crescimento extra e intra-uterino, sofrimento fetal, infecções, seqüelas neurológicas e respiratórias. Essa criança poderá ter hiperatividade, déficits de atenção, dificuldades no aprendizado e na memória.
       Gestantes que bebem possuem placenta permeável à passagem do álcool para o feto. No organismo que está se desenvolvendo no útero, o etanol transforma-se em aldeído acético por metabolização do fígado. O acetaldeído inibe o crescimento e a migração neuronal gerando a microcefalia (tamanho reduzido anormal da cabeça). Podendo também causar morte celular e retardo mental.
     Uma das conseqüências mais graves interligadas ao consumo de álcool é a Síndrome Fetal Alcoólica. Nessa doença a criança apresenta algumas anormalidades faciais, possui déficit intelectual, problemas comportamentais e cognitivos.


     Ainda não se sabe ao certo a quantidade de álcool que pode causar dano fetal, porém estudos mostram que até mesmo uma dose por semana já pode causar dificuldades mentais. A melhor solução é a abstinência total do álcool durante a gravidez e se possível até mesmo antes da concepção.





Bibliografia

Postado por: Ruanda Pereira Maia