terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Cuidado redobrado

      Uns dizem que elas são o sexo frágil, outros falam que são muito fortes, fazem dez coisas ao mesmo tempo, talvez sejam um pouco de cada coisa. O que vamos realmente analisar aqui é se as mulheres são realmente mais sensíveis ao álcool do que os homens e se durante a gestação o consumo de bebibas alcoólicas pode trazer algum prejuízo.
      Ratificando a informação do post Benefícios do álcool, as mulheres têm maior biodisponibilidade ao álcool que os homens, pois apresentam maior proporção de gordura corpórea, maior absorção de álcool e menor quantidade de água total no organismo. Logo, se um homem e uma mulher ingerem a mesma quantidade de bebida alcoólica, a concentração sérica de etanol será maior na mulher, por isso elas são afetadas mais rapidamente.
      Vale ressaltar que a OMS (Organização Mundial de Saúde) identifica uma pessoa como doente quando consome mais que 60 gramas de bebida alcoólica por dia. É claro que isso não é o suficiente para afirmar que uma pessoa seja alcoólatra, mas já é um caminho. O “ideal” é que se consuma no máximo dois drinks por dia. Então fique atento (a):

Conteúdo alcoólico das principais bebidas
Bebida
Concentração (%)
Gramas (g)
Unidades
1 lata de cerveja -350ml
5
17
1,5
1 copo de chope – 200 ml
5
10
1
1 dose de aguardente - 50ml
50
25
2,5
1 copo de vinho – 90 ml
12
10
1
1 dose de destilados – 50 ml
40 a 50
20 a 25
2 a 2,5


      Isso já é o suficiente para ficar em estado de alerta, entretanto no caso das gestantes esse cuidado deve ser redobrado.
     O uso de álcool durante a gravidez é extremamente maléfico ao feto. Esse pode estar sujeito a prematuridade, malformações, retardo do crescimento extra e intra-uterino, sofrimento fetal, infecções, seqüelas neurológicas e respiratórias. Essa criança poderá ter hiperatividade, déficits de atenção, dificuldades no aprendizado e na memória.
       Gestantes que bebem possuem placenta permeável à passagem do álcool para o feto. No organismo que está se desenvolvendo no útero, o etanol transforma-se em aldeído acético por metabolização do fígado. O acetaldeído inibe o crescimento e a migração neuronal gerando a microcefalia (tamanho reduzido anormal da cabeça). Podendo também causar morte celular e retardo mental.
     Uma das conseqüências mais graves interligadas ao consumo de álcool é a Síndrome Fetal Alcoólica. Nessa doença a criança apresenta algumas anormalidades faciais, possui déficit intelectual, problemas comportamentais e cognitivos.


     Ainda não se sabe ao certo a quantidade de álcool que pode causar dano fetal, porém estudos mostram que até mesmo uma dose por semana já pode causar dificuldades mentais. A melhor solução é a abstinência total do álcool durante a gravidez e se possível até mesmo antes da concepção.





Bibliografia

Postado por: Ruanda Pereira Maia



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