sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Benefícios do Álcool

Muito se fala sobre os malefícios que as bebidas alcoólicas trazem, mas elas também trazem alguns benefícios e é sobre eles que iremos falar hoje. A primeira coisa a ser ressaltada é que tais benefícios são trazidos apenas pela ingestão MODERADA do álcool. Alguns médicos consideram como consumidores moderados de álcool homens que ingerem o equivalente a 25 gramas da droga por dia. Se for ingerido mais ou menos que 25 gramas a pessoa se enquadra na categoria dos que bebem muito ou pouco respectivamente.

Para as mulheres esse limite equivale a 12,5 gramas, ou seja, metade do limite considerado para homem. Isso acontece porque as mulheres tendem a se intoxicar com doses menores de álcool uma vez que possuem uma quantidade menor de água corporal. Além disso, as enzimas que quebram o álcool são menos ativas nas mulheres e ao mesmo tempo o álcool aumenta a incidência de osteoporose no sexo feminino e as mulheres tornam-se dependentes com mais facilidade que os homens.

Duas latinhas de cerveja, duas taças de vinho ou duas doses de bebidas destiladas equivalem as 25 gramas aconselhadas aos homens.

No final dos anos 1960 estudos revelaram que abstêmios de álcool tinham risco mais alto de sofrerem um ataque cardíaco. Um pesquisador da Califórnia publicou em uma revista científica americana um artigo de revisão sobre os efeitos benéficos do álcool. Nela apresentou dados obtidos entre 128934 pacientes que se submeteram a check-ups cardiológicos dos quais 3001 morreram de infarto, posteriormente. Os pacientes que tomavam um a dois drinks por dia tiveram redução de 32% no risco de morte por ataque cardíaco.

Nesta mesma pesquisa, tal pesquisador concluiu que: consumidores de quantidades moderadas de álcool apresentam níveis de HDL (chamado de o bom colesterol) 10% a 20% mais altos do que os não consumidores, este remove o colesterol da corrente sanguínea prevenindo o espessamento das artérias (aterosclerose); o álcool uma vez na circulação interfere nos processos de coagulação plaquetária aumentando o tempo de coagulação e dificultando a formação de trombos nas artérias coronárias, porém a ingestão exagerada de álcool reverte a situação favorecendo a coagulação mais rápida e a formação de trombos; o risco de desenvolver diabetes do tipo dois (aquela que se instala na vida adulta) diminui, diminuindo a probabilidade de infarto indiretamente, porém se o consumo do álcool não for moderado aumenta-se os níveis de glicose no sangue, aumentando o risco de diabetes.

Em 1995, pesquisadores dinamarqueses fizeram um estudo com 13 mil pessoas, acompanhadas durante 12 anos que mostrou que consumidores de vinho tinto sofriam menos infarto do que os que não eram consumidores. Muitos viram nesse trabalho evidências de que o vinho tinto teria propriedades antioxidantes inexistentes em outras bebidas, responsáveis pelo efeito protetor.

Em 2002 uma pesquisa sobre o acompanhamento de 130 mil pessoas na Califórnia que bebiam vinho e cerveja mostrou  35% menos chances de mortes por infarto entre os que tomavam vinho tinto ou branco, comparados aos que bebiam cerveja. Os que tomavam vinho, no entanto, fumavam menos, tinham nível educacional mais alto, praticavam mais exercícios físicos e abusavam do álcool com menor freqüência.

Essas diferenças de estilo de vida provavelmente explicam os resultados que sugerem maior eficácia do vinho na prevenção de infartos. Por essa razão, a maioria dos autores aceita que os efeitos benéficos do consumo moderado devam-se ao álcool e não à forma segundo a qual a bebida foi preparada ou ingerida.

Além de reduzir o risco de ataques cardíacos fatais e não-fatais quando usado em dosagem moderada, nenhum outro efeito benéfico do álcool para a saúde foi demonstrado até hoje.

Bibliografia:


Postado por: Maria Luiza Alves Naves

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