Analgésicos + Álcool
Os analgésicos são medicamentos com função de aliviar a dor. O alívio causado por esses medicamentos pode ocorrer por meio do bloqueio dos estímulos dolorosos antes de chegarem ao cérebro ou pela interferência na forma como o cérebro interpreta esses estímulos, sem levar a anestesia ou perda da consciência. Os analgésicos compreendem diversos medicamentos diferentes, tão diferentes que vai ser difícil ser bioquimicamente específica com relação aos efeitos de suas misturas com bebidas alcoólicas. O uso concomitante desses medicamentos e de álcool pode causar tonteira, perda da coordenação e redução dos reflexos. A mistura de álcool e analgésicos pode – só o geralzinho gente:
- Tonteira, perda da coordenação e redução dos reflexos, o motivo disso poderia ser o remédio aumentando o efeito do álcool (fenômeno já explicado anteriormente);
-Danificar o fígado nos casos mais graves, pois tanto a droga quanto o álcool são metabolizados lá, e como já foi dito aqui – no blog- antes, só para metabolizar o álcool o fígado já tem um trabalhinho árduo, adicionando analgésicos (remédios em geral, na verdade) à equação, a vida complica;
Interior de estômago com gastrite |
-Pode causar gastrites uma vez que a mucosa do estômago fica irritada com o etanol, desregulando a digestão e aumentando a produção de ácido gástrico no órgão. Por outro lado os analgésicos interferem na mucosa gástrica, impedindo a produção da prostaglandina, que protege a mucosa do tubo digestivo. Fica livre o caminho para ação do ácido clorídrico e aí a gente já sabe (a intensidade dessa interferência, entretanto varia entre os analgésicos);
-Em casos extremos, provocar hemorragia estomacal, conseqüência do que foi explicado no último “tópico”;
Muitas substâncias com grande atividade farmacológica podem ser extraídas de uma planta chamada Papaver somniferum, conhecida popularmente com o nome de papoula do oriente. Ao se fazer cortes na cápsula da papoula, quando ainda verde, obtém-se um suco leitoso, o ópio (a palavra ópio em grego quer dizer suco). Quando seco este suco passa a se chamar pó de ópio. Nele existem várias substâncias com grande atividade. Pelo próprio segundo nome da planta somniferum, de sono dá para fazer uma idéia da ação do ópio no homem: são depressores do sistema nervoso central, isto é, fazem o cérebro funcionar mais devagar.
Estas substâncias são chamadas de drogas opiáceas ou simplesmente opiáceos, ou seja, oriundas do ópio; podem ser opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação ou opiáceos semi-sintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais. Mas o ser humano foi capaz de fabricar em laboratórios várias substâncias com ação semelhante à dos opiáceos. Agora eu vou explicar o porquê de eu estar falando de opiáceos: Alguns são usados como analgésicos e já deu pra notar o motivo. Quando o álcool, que por si só já consegue deprimir o SNC, é combinado a opiáceos (morfina, heroína, codeína ou metadona) pode haver um aumento da função depressora do sistema nervoso destas drogas causando sonolência.
Álcool + Energéticos
99,99999% de quem tá lendo isso agora já misturou.Nem que tenha só provado uma vezinha na vida. O mais comum é o energético com vodka (jura?). Eu queria muito falar dessa mistura, que é a que mais se encaixa no nosso contexto, só que as informações são muito escassas, até agora se restringem a pesquisas quase superficiais ( se considerar a profundidade da informação requerida aqui) feitas com pessoas (que bebem só o álcool, que bebem o álcool e o energético, que bebem só o energético...) e por causa disso eu podia deixar pra lá, mas um textinho de nada a título de curiosidade não vai matar ninguém né?
Taurina |
Agora, essas misturinhas – bebidas alcoólicas com energéticos - são amplamente consumidas, principalmente por jovens, (e principalmente) em festas -pois alegam efeitos sobre aumento de alerta, melhora da memória e concentração, humor, além de uma energia explosiva, inclusive para a prática de atividade física- não são recomendadas por alguns...estudos,pesquisadores,cientistas e etc.
Começando por não existirem estudos que comprovem que a interação entre o álcool e a cafeína possuam efeitos antagônicos. O que se sabe é que o mecanismo de ação de três substâncias é conhecido e mapeado, porém não se sabe se há interação entre os eles. Supõe-se uma resposta entre o GABA (ácido gama-amino-butírico), a taurina e o álcool, modulando respostas que ainda não podem ser tidas como potencializadoras, antagônicas ou adicionais.
O aumento dos efeitos estimulantes pode fazer com que a pessoa superestime a sua capacidade de desenvolver atividades, como dirigir, por exemplo, após o consumo de álcool e assim aumentar o risco de se envolver em acidentes. Algumas pesquisas e testes foram feitos e mostram que, basicamente, as pessoas estão bêbadas mas não se sentem assim. Uma porta-voz da ONG britânica Alcohol Concern disse que as pessoas precisam entender que a sensação de bem estar não significa, necessariamente, que não foram afetadas pelo álcool.
A psicoterapeuta e professora de Psicologia do Desenvolvimento Adulto da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Renate Vicente, diz que a administração repetida de álcool, nesse caso “mascarada” pelo energético, pode levar ao conseqüente aumento da dose para obtenção do mesmo efeito. Isso em pessoas com tendências à adesão pode levar a uma situação preocupante”, adverte. De acordo com o pesquisador da Unifesp, estudos realizados em diversos países demonstram que as pessoas mais sensíveis aos efeitos prazerosos das drogas de abuso, inclusive do álcool, têm maior chance de fazer uso abusivo e desenvolver dependência.
Bibliografia:
Postado por: Mariana Ribeiro de Freitas
1-álcool = depressor SNC
ResponderExcluir2-Opiaceos = depressor SNC
1 + 2 = PROBABILIDADE = PARADA RESPIRATÓRIA = MORTE
Flávio Agazzi