Bioquímica do Álcool: Os dois momentos do álcool

Quem nunca se deparou com alguém meio felizinho em um churras depois de algumas doses de bebidas?! Isso é o efeito inicial do ácool, aquele estágio feliz, desinibido, que sempre acha que está tudo bem e o pior... até acha que ama todo mundoo! Pois é, este é o primeiro momento do ácool, período estimulador, que causa euforia e desinibição. Já no segundo momento ocorre o período de depressão, falta de coordenação motora e sono. Neste período é que aquele seu amigo que estava feliz fica chato, chorando no seu ombro por nadaa, na maioria das vezes, kkkk. É desagradável néh!

Isto ocorre pois o álcool é uma droga psicotrópica, causando estas mudanças de humor, a atenção fica prejudicada e até causa dependência, ele atinge principalmente o sistema nervoso central, lentificando-o. E com o tempo se vê efeitos agudos que atingem o fígado, coração, estômago e vasos sanguíneos.

Como já vimos no post sobre o caminho do etanol, ele é rapidamente absorvido, primeiramente no trato gastroentestinal e uma quantidade considerável ao nível do estômago, e assim vai para a corrente sanguínea. Quando atinge o fígado é transformado em aldeído acético.

No momento em que o etanol cai na circulação sanguínea, ele atingi o sistema nervoso central, no qual fazem parte o cérebro, medula espinhal e os nervos periféricos. Este álcool que atinge o SNC tem como consequência a diminuição dos impulsos nervosos, o que leva à essa variação de humor, afetando também a capacidade do cérebro de processar informações . Os dois períodos do álcool ocorrem segundo a concentração de etanol que é ingerido, quando a concentração é bem elevada pode levar ao COMA, desmaios, desatenção .

No período desinibindo, eufórico, que é o primeiro momento, a concentração do etanol ainda está baixa, não foi ingerida grandes quantidades de álcool. Então, inicialmente, atinge os neurônios doparminérgicos do sistema límbico, deprimindo estes neurônios, que são responsáveis pela região do cérebro que controla as emoções e sentimentos. Os neurônios doparminérgicos são inibitórios, portanto quando sobre ação depressora levada por causa do ácool, induz o indivíduo à uma desinibição, excitação.

Se o indivíduo continuar a ingestão do etanol, a concentração do álcool no sangue aumenta, atingindo em maiores quantidades o sistema nervoso central. Tendo efeito em outras regiões do cérebro, assim em vez de inibir estes neurônios ele leva a excitação de regiões responsáveis pelo contole dos sentimentos e emoções, levando à sonolência, depressão, inibição. E este é o segundo momento do ácool: período depressivo.

Então, quando você ouve uma pessoa falar que ácool é bom, que causa boas sensações, é porque está no primeiro período, experimentando as sensaçoes iniciais, de desinibição. Já depois de certo ponto a pessoa entra no segundo período, o momento depressor, não fazendo com que se sinta bem. Assim o etanol não segue aquela regrinha de que “quanto mais melhor”, muito pelo contrário, “quanto mais pior”, fará mais estragos no seu organismo.

E para que você possa beber e este depressivo não lhe faça tantos efeitos e nem deixe você entrar nesses dois momentos, deixando-o ainda consciente dos seus atos e menos emotivo, até evitando aquele mico, ai vai algumas dicas:

“1)Coma primeiro. Com comida no estômago, o álcool é absorvido mais lentamente. Isto fará com que você não fique intoxicado muito rapidamente.

2)Dê um espaço entre os drinques. Se você acha que precisa de um copo na mão, alterne bebida alcoólica com refrigerantes ou sucos.

3)Beba devagar. Não dê goladas, não faça "vira-vira". Quanto mais rápido você beber, mais rapidamente ficará bêbado. Cuide de seu drinque: faça-o durar.”